O que vêm à sua mente quando o assunto é a fé? Somos conhecedores do fato de que sem ela não existe vida cristã verdadeira; sabemos também que a iniciativa de crer que o Filho de Deus veio ao mundo, é o principal meio pelo qual alcançamos salvação. Sem fé não há relacionamento real com Deus, pois sendo ele Espírito, é necessário verdadeiramente crer que Ele existe. Mas o que este sentimento realmente representa para nós? O dicionário define a fé como: “disposição de alma para confiar em alguém”; e o capítulo onze de Hebreus é inteiro dedicado a explicá-la, começando pelo versículo 1: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”.
Este capítulo de Hebreus é um resumo das histórias de grandes homens e mulheres de Deus que se destacaram devido à sua fé: Abraão, que carrega o título de “Pai da Fé”, que deu uma grande prova de confiança ao obedecer quando Deus ordenou que sacrificasse seu único filho; Sara, que “recebeu a virtude de conceber e dar à luz fora da idade” (v. 11.11), José, Enoque, Noé, e tantos outros heróis que “extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres que receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados” (v.v. 34-36).
Entre tantos outros personagens que não ocupam lugar na Galeria dos Heróis da Fé de Hebreus 11, encontra-se uma simples mulher, cujo nome sequer foi registrado nas Escrituras. Contudo, ao colocar sua fé em ação, tornou-se a única pessoa citada pela Bíblia a conseguir fazer com que saísse virtude de Jesus, simplesmente porque colocou em seu coração que se tão somente tocasse nas vestes de Jesus, seria curada de seu mal. E assim o fez. Tocar no Mestre era o último recurso daquela mulher; pois sua enfermidade custou-lhe todas as economias – sem nenhum resultado.
Entretanto, os obstáculos que teria de enfrentar para chegar até Jesus, faria com que qualquer pessoa desistisse da ideia. E não se tratava apenas da grande multidão que o cercava. Sofrendo há doze anos de uma hemorragia, além da provável fraqueza física que a doença lhe proporcionara, ela sabia que, de acordo com a Lei de Moisés, era considerada uma mulher imunda (Levíticos 15.25) e não poderia ter contato com ninguém. Talvez ela tenha deixado fora de cogitação a ideia de ser tocada por Jesus, por isso lançou mão de sua única alternativa: tocá-Lo – em suas vestes. Atemorizada, ela então colocou em prática seu intento.
“Quem me tocou nas vestes?” – Perguntou Jesus. Imediatamente, reconhecendo que Dele saíra poder, ele olhava ao redor para ver quem fizera isto, quando se deparou com aquela frágil e temerosa mulher.
Muitas pessoas possuem a pronta resposta quando questionadas sobre o que é a fé. Entretanto muitos se sentem desencorajados a colocá-la em pratica quando observam os obstáculos que terão de enfrentar. A fé que agrada a Deus tem sabor de desafio, como aconteceu com Abraão, Sara, José... Se não fosse assim de que valeria a fé? Como disse Tiago em sua carta, a fé sem ação não nos serve para nada – é simplesmente morta (Tiago 2.26). Essa corajosa mulher alcançou o favor do Senhor, porque decidiu enfrentar a discriminação da multidão e tomar posse da sua cura através de uma atitude. Se sua ideia tivesse ficado apenas em seu coração, ela jamais teria ouvido de Jesus: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal” (Marcos 5.34).
Colaboração para o Portal Escola Dominical: Professora Daniele Fischer
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